Procura por advogados online aumenta 330%

A possibilidade de ter acesso a informações de qualidade é o que está levando cada vez mais pessoas a buscar advogados online. Comparando 2015 com o ano anterior, o total de demandas quadruplicou. Os usuários são atraídos pela facilidade de contato, pela agilidade da comunicação e, especialmente, pelo fato de as respostas terem embasamento, já que são oferecidas por profissionais da área de direito.

No portal MundoAdvogados.com.br, o serviço de advogados online já é responsável por 16% das solicitações enviadas aos profissionais cadastrados, graças a um incremento de 329% em relação ao ano passado. Na maioria dos casos, a pessoa deseja explicar o ocorrido a um advogado, até mesmo para saber se está seguindo uma linha lógica e se há base legal para abrir um processo e correr atrás dos seus direitos.

É neste momento que o profissional pode incidir de forma efetiva, falando da viabilidade e indicando o passo a passo ao usuário, que recebe as orientações necessárias para decidir entre ir adiante com a demanda ou desistir do pleito.

Trata-se de uma relação em que ambos ganham. Os advogados participam porque, além de cumprir uma função pro bono, manejam uma efetiva ferramenta de marketing e de captação de novos clientes. Não é à toa que os escritórios virtuais começam a ganhar mais peso na internet, seja através de sites próprios ou com perfis em portais como o MundoAdvogados.com.br.

Nos Estados Unidos, por exemplo, a advocacia virtual já vem sendo amplamente praticada por escritórios pequenos, médios e de grande porte. Em 2011, a American Bar Association, a equivalente à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) nos Estados Unidos, já falava da regulação da atividade diante da tendência à popularização dos escritórios virtuais.

E a realidade brasileira caminha na mesma direção. De 2014 até agora, o cadastro de profissionais aumentou quase 150% no MundoAdvogados.com.br, reafirmando o que já dizia a American Bar Association:

"O esforço por parte dos escritórios deve se centrar em transformar a advocacia numa atividade mais dinâmica e interativa."

E o custo atual da tecnologia e o alcance da internet ajudam, já que agora é possível integrar a advocacia virtual à realidade de qualquer escritório, dando um escopo mais amplo ao que já vinha sendo feito por fax, telefone e correspondências registradas.

Advogado online x advogado grátis

Como advogados online é um serviço geral, que em princípio engloba qualquer necessidade jurídica, serve especialmente àquelas pessoas que não têm certeza sobre a categoria na qual se encaixaria sua demanda. Enviar uma solicitação pela internet e esperar que respondam à sua dúvida é confortável e não custa nada. Esse é o principal motor do crescimento do assessoramento jurídico online.

Mas é fundamental não confundir advocacia online com advogado grátis. Especialmente em plataformas como fóruns e seções de perguntas, as respostas repassadas pelos advogados têm caráter meramente informativo e não deixam de ser superficiais.

Há, inclusive, restrições da OAB sobre a postura do profissional nestes espaços, que nunca devem ser utilizados para fazer concorrência desleal.

Quem quiser assessoramento personalizado para a sua causa, com análises de documentos, planejamento de estratégica, protocolo de petições, entre outros serviços, deverá pagar. Esse tipo de serviço sempre terá custo para o cliente, independente de ser feito presencial ou virtualmente.

Do que mais reclama o brasileiro

Muitos especialistas garantem que nossa sociedade tem introjetada a importância de lutar pelos seus direitos, ainda que seja necessário acionar a Justiça. Há quem diga que há uma "cultura de processar". Somente no MundoAdvogados.com.br foram enviadas mais de 25 mil solicitações durante o ano de 2015.

Pequenas causas é o serviço mais buscado e, em alguns casos, o que o usuário busca é contratar uma assessoria legal para ser capaz de levar a ação ao Juizado Especial Cível (JEC), dispensando a presença de um advogado.

Mas as dúvidas mais comuns sobre se é possível ou não abrir um processo ou sobre como agir para resguardar direitos continuam sendo referentes a guarda da criança, divisão de bens e pensão alimentícia.

Foto: creative commons e BenjaminThompson (Flickr)