Você tem fome de que?
Somos sujeitos de direitos e desejos, necessidades de vontades. O termo dieta tem origem grega e significa originalmente modo de viver, você tem fome de que?
Somos sujeitos de direitos e desejos, é o que nos ensina CUNHA PEREIRA. Em direito de família sujeito e objeto da lide se confundem. Em regra, o conflito familiar instalado é fruto de uma necessidade de mudança, de revisão de valores e crenças. Há que se ter desapego para se ajustar adequadamente aos novos papéis que a vida nos entrega.
NABUCO DE ABREU nos diz que "as relações são as pessoas, não damos o que queremos, damos o que somos", portanto, os conflitos familiares que enfrentamos são um reflexo de quem somos e das pessoas com as quais nos envolvemos.
Diante disso, em nosso escritório, entendemos ser importante descobrir quem o nosso cliente pretende ser após o divórcio para que possamos entregar uma solução adequada a ele. Afinal, quem não sabe o que busca, não encontra o que procura, não é mesmo? O que você deseja a si mesmo e a seus filhos de agora em diante? Você tem fome de que?
Advogamos a tese que o processo de divórcio é acima de tudo existencial e que os aspectos jurídicos lhes são subsidiários. No meio jurídico usa-se a expressão "o acessório acompanha o principal", sendo assim, propomos uma abordagem no planejamento do divórcio que vai do existencial para o jurídico, não o contrário.
É óbvio que o advogado em direito de família não é um terapeuta, a propósito, não tem formação acadêmica para tanto, entretanto, ignorar os aspectos existenciais em um processo de divórcio é querer correr sem saber o destino.
Para um bom resultado em uma ação de divórcio se faz necessário se apropriar da história do cliente, saber de suas dores e alegrias, quais eram as expectativas do cliente ao se casar, o que o desapontou, o que o fez desejar a separação? Divórcios costumam envolver a guarda de filhos, é preciso ouvir o que os filhos têm a dizer, guarda de filhos não é assunto que se discute apenas entre os pais. Aliás, vale dizer, quando o assunto é guarda ou alienação parental, o advogado defende o interesse das crianças e adolescentes, não o direitos dois pais.
Portanto, como era de se esperar, os ensinamentos de Jung pautam o relacionamento com os nossos clientes:
"Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana seja apenas outra alma humana".